O Avanço dos Microcomputadores

Pela primeira vez, um computador possuía um teclado fácil de ser utilizado, com uma pequena televisão adaptada como monitor e não eram necessários conhecimentos avançados de computação para utilizá-lo. Steve Jobs criou o seu SO do zero, sem se basear inicialmente no Unix. Nos anos seguintes, os modelos Apple II e Apple III foram lançados no mercado, sendo um sucesso de vendas. Suas interfaces gráficas eram bastante primitivas se comparadas com o padrão usado atualmente, mas eram avançadíssimas para a época. O Apple II foi lançado a um custo de US$ 1300 na época, equivalente atualmente a US$ 5000. A Figura 8 apresenta um computador Apple 2.


Em meados de 1979, Steve Jobs tomou conhecimento sobre o desenvolvimento de um computador totalmente inovador pela Xerox Parc. Em uma visita a esta empresa, ele ficou deslumbrado com Xerox Alto, um Personal Computer (PC ou computador pessoal) que possuía uma interface gráfica – GraphicalUser Interface (GUI) totalmente revolucionária. Pouco tempo depois, a Apple lançou o Lisa, aproveitando todas as ideias gráficas do computador, fazendo um enorme sucesso, porém cada versão possuía um SO distinto. Em 1994 o Apple Machintosh foi lançado com muito sucesso, introduzindo o conceito de desktop, utilizando ícones e pastas para representar programas e arquivos do modo como conhecemos hoje, com o inovador sistema chamado MAC OS.

Interatividade: 
O filme Pirates of Silicon Valley (Piratas da Informática ou Piratas do Vale do Silício) apresenta uma versão dramatizada do nascimento da era da informática doméstica, desde o primeiro PC, através da histórica rivalidade entre a Apple e seu Macintosh e a Microsoft, indo desde o Altair 8800 da empresa MITS, passando pelo MS-DOS, pelo IBM PC e terminando no Microsoft Windows.

Em 1980, William (Bill) Gates e Paul Allen, fundadores da Microsoft, compraram o sistema QDOS (Quick and Dirty Operating System) de Tim Paterson e passaram a chamá-lo de DOS (Disk Operating System), vendendo licenças deste SO à IBM. O DOS vendeu inúmeras cópias, como o SO padrão para os computadores pessoais desenvolvidos pela IBM e possibilitou que a Microsoft se transformasse na maior empresa de software do mundo.

Na década de 80 surgiu a geração de microcomputadores, com os sistemas desktop, a partir do lançamento do IBM-PC (Personal Computer) em 1981 e o desenvolvimento de uma enorme indústria de hardware, software e serviços originadas nestes eventos. Nestes computadores pessoais, o SO apresentava uma interface basicamente em modo texto, permitindo a execução de um único programa por vez. A Figura 9 apresenta um computador IBM-PC.


Nesta década surgiram, também, empresas especializadas em arquiteturas de alto desempenho e são desenvolvidos os primeiros supercomputadores tais como os modelos 1-A ouX-MP da CrayResearch, que era vendido a US$ 15milhões. A Figura 10 apresenta um supercomputador Cray X-MP


Termo do glossário: Supercomputadores são computadores com um altíssimo poder de processamento, utilizados para cálculos científicos, simulações, previsões meteorológicas e aplicações gráficas. Normalmente executam um único programa por vez, que exige várias horas de processamento.

Saiba mais: Um supercomputador Cray X-MP de 1982 custava US$ 15 milhões e era 10000 vezes mais rápido que um computador desktop da época, porém, o desempenho de um computador desktop atual, que custa aproximadamente US$ 1 mil é cerca de 100 vezes mais rápido que o Cray X-MP de 1982.

Os assistentes pessoais chamados de PDAs, handhelds, ou palmtop, que eram dispositivos portáteis com funções de processamento de dados começaram a aparecer a partir de 1984. Eles não eram integrados a telefones, eram apenas aparelhos multimídia com aplicativos para funções de agenda e sistema de escritório elementar.

A década de 1990 se caracterizou pelo uso das estações de trabalho (workstations) e pela computação pessoal. Os microcomputadores, com poder de processamento maior do que os mainframes da década de 1970, se popularizam. Os supercomputadores passam a ser fabricados quase que artesanalmente. Os notebooks, palmtops e PDAs (Personal Digital Assistents) passaram a ser usados pela ampla maioria dos profissionais. Estes aparelhos portáteis possuíam versões simplificadas de sistemas operacionais, que permitiam que uma gama maior de serviços e funcionalidades fosse oferecida. Além disso, a eletrônica embarcada começa a ser tornar presente em automóveis e utensílios domésticos, além das tradicionais aplicações industriais. Surge uma tendência de downsizing, que tira o poder computacional dos mainframes e transfere para as estações de trabalho.

A Internet se popularizou e com ela o uso de sistema de correio eletrônico (e-mail), grupos de discussão, educação a distância, aplicações multimídia e comércio eletrônico. Para atender essa demanda e complexidade e necessidade de interligação de todos esses equipamentos, milhões de linhas de código são necessárias para a criação de um sistema operacional. No começo da década de 1990, o estudante de computação finlandês Linus Torvalds impulsionou o desenvolvimento do sistema operacional Linux por uma comunidade de programadores do mundo todo e popularizou o SO baseado em software livre.

O aumento do poder computacional, aliado à significativa redução do tamanho dos componentes e dos seus custos, foram um atrativo à integração dos computadores com celulares. Sendo assim, começaram a surgir os smartphones, que são computadores de bolso e com todas as funcionalidades de um telefone. O primeiro produto a combinar as funcionalidades de celular com PDA foi o IBM Simon lançado em 1993, com tela de toque e conseguia acessar e-mails. A Figura 11 apresenta o Simon, o primeiro smartphone.


Na década de 2000 a supercomputação se torna realidade e os sistemas distribuídos se expandem com as técnicas de computação em grid e o emprego de clusters (agrupamentos) de computadores geograficamente dispersos e interligados, através da Internet ou conectados através de redes locais de alto desempenho. O desenvolvimento e miniaturização de novos componentes eletrônicos, aliados à evolução das redes digitais de telefonia móvel, permitiram que muitos milhões de usuários passassem a utilizar os smartphones e se popularizaram os notebooks. A partir de 2010 se popularizaram os tablets e os smartphones, que passaram a ter um alto poder computacional, e a computação móvel passou a dominar. Nesse período se populariza a computação em nuvem (cloudcomputing), na qual os dados e aplicações passam a ser armazenados em servidores espalhados pelo mundo.

Termo do glossário: Computação em nuvem (cloudcomputing) refere-se à utilização da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, baseado no princípio da computação em grade (cluster).

Com o passar do tempo, os SOs evoluíram de forma bastante significativa, permitindo que diferentes componentes de computador, até mesmo de diferentes fabricantes, pudessem ser adicionados ao mesmo. Além disso, passaram a oferecer uma interface muito mais rica e intuitiva fornecendo uma interface gráfica com a qual podemos interagir por meio do mouse e das telas touchscreen, além de técnicas como reconhecimento de voz.

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